Nota: Malhar nos gays dá-lhe gozo, mas nos judeus então... Ui! Parece que o estou a ver a curtir uma flagelação com o cilício enquanto malha nos deicidas...
Pedro Arroja provavelmente acha que é um bom cristão. O problema prende-se tão somente no facto do seu Messias e Senhor partilhar da fé e consanguinidade daqueles que Pedro Arroja tanto odeia e despreza.
Só o odio a si próprio explica o ódio pelo seu Criador e respectiva Criação. É uma espécie de ciclo pseudo-redentor por si criado que prefere privilegiar o flagelo no seu próximo que insistir na constante e tão custosa busca pela perfeição. «Se só Deus pode perfeito, para quê almejar o impossível?», parece perguntar o mafarrico disfarçado de nazareno engravatado a cada vez que o seu satã pessoal abandona o folclore e invade a realidade.
A blogosfera e o planeta ficam mais pesados com ele, mas... fazer o quê?
* interpretação de Pedro Arroja da passagem bíblica Lv. 19:18
Uma nova estirpe de antisemitismo cresce globalmente de dia para dia. Esta nova estirpe prolifera o seu ódio aos Judeus sob o pretexto de que Israel é um estado ilegítimo e que o Sionismo é uma ideologia racista. Mas nos dias de hoje, ainda que amiúde, conseguem-se flagrar casos com as mais medievais formas de antisemitismo primário.
Em Portugal estes casos são virtualmente inexistentes pois geralmente são feitos em ambientes limitados e herméticos. Raramente temos acesso a ensaios ou artigos de opinião que expõem casos de antisemitismo racial, economico-social e religioso. Talvez porque os poucos que têm capacidades linguísticas e/ou intelectuais (i.e.com génio mais malicioso), raramente se dão ao luxo de proferir injúrias que possam desvendar a sua condição, a mesquinhez da sua personalidade ou até a falta dela.
Ontem, 27 de Junho no site do DIÁRIO DAS BEIRAS, alguém terá atingido tal "façanha". Massano Cardoso, Professor catedrático de profissão (!) e deputado do PSD eleito pelo círculo de Coimbra na legislatura anterior, terá alegadamente escrito um artigo intitulado «Cães...» onde podemos experimentar uma das formas mais arcaicas e assustadoras de antisemitismo. Apesar da repugnância que certamente causará aos meus queridos leitores, apelo a sua leitura atenta.
P.f. clicar para acesso ao LINK ORIGINAL ou IMAGEM GRAVADA
«O reconhecimento¹ é irreversível. É uma questão de timing. É absolutamente impossível continuar a viver com uma situação de humilhação de um povo, como a humilhação que o povo palestiniano hoje conhece (...) Eu acho que a segurança de Israel, das fronteiras de Israel, por uma força internacional, com um mandato da ONU, mas que tenha a presença americana, a presença europeia e a presença dos aliados europeus de Israel é seguramente uma força que tem² de ter o apoio de Israel » Luís Amado, in "Sociedade das Nações" SIC Notícias 19 Jun '11.
¹ Do estado palestiniano
² tem de: imposição / obrigação
Nota pessoal: Bem sei que Paulo Portas, à semelhança da maioria dos portugueses, tem estado "abstraído" das palavras que o Ministro dos Negócios Estrageiros cessante tem proferido, referindo-se à única democracia do Médio-Oriente. Só isso explica a popularidade que Luís Amado tem merecido. Como este ministério não chega aos bolsos das pessoas, estas alheiam-se desta nova estirpe de antisemitas. A minha esperança é que a "admiração" que Paulo Portas tem por esta figura seja meramente interesseira. Neste caso ser interesseiro é preferível à devassa de admirá-lo. Felizmente Portas será ele próprio e não quem admira, com ou sem interesse. Valha-nos isso...
A extrema-direita vandaliza o cemitério judaico. A extrema-esquerda vandaliza o memorial judaico pelas vítimas da Inquisição.
[via Lisboa-Tel Aviv]