Soluções do cantor Toy para ajudar a combater a crise.
Depois dos COLDPLAY esgotarem os bilhetes do 1º dia do Optimus Alive, foi a vez dos ARCADE FIRE e PORTISHEAD fazerem o mesmo no Super Bock Super Rock. O bilhete de 3 dias (80€) também está esgotado... Sinais de uma "crise" anunciada!
«Dois meses depois da inauguração, o aeroporto de Beja recebe um voo regular semanal, de Londres. No último domingo, o avião com capacidade para 49 lugares, trouxe sete passageiros. Ao final da manhã já não havia vestígios dos turistas e os serviços de apoio estavam fechados. O promotor das viagens considera “pobre” o primeiro mês de voos. Uma opinião contrária à do diretor do aeroporto, que faz uma avaliação muito positiva da nova pista de aterragem alentejana» in EXPRESSO 25 Jun '11
Até aos último suspiro, Sócrates defendeu obras públicas para as quais não tínhamos dinheiro. Veja-se como o absurdo do TGV à perspectiva da crise que atravessamos era mais que um trunfo eleitoral do secretário-geral socialista, era uma inevitabilidade da qual dependia o nosso progresso.
A hipoteca do Estado foi sempre feita em consciência pelo governo socialista e para tal bastava dar-lhe o sentido abstracto que não tinha. O de que o mesmo só tem lugar na política de mão estendida, sem consequências, sem outra solução viável. Hoje (quase) todos concordam que afinal o Estado somos todos nós e que o Estado Social gratuíto não existe. Não existe porque o pagamos a cada segundo.
Há quem defenda que os socialistas criaram um monstro bem intencionado. Para mim esses paradoxos não têm lugar no socialismo, criaram-no porque viveram dele e para ele. Não porque gostem mais do Povo que todos os demais. Mas sim porque gostam que o Povo lhes pague a inércia intelectual e ideológica, sempre na "melhor" das intenções.
E agora, o que será de nós: órfãos do Estado Social?
«O Paulo Macedo está ligado à Medis. Adeus SNS. O Nuno Crato ex-ml é do piorio. As criancinhas podem começar a devolver os Magalhães» Cidadão Anónimo, ideologicamente canhoto no seu wall do Facebook
Nota pessoal: Começam cedo. Pudera!
«A população tem de saber o que se passa e o que se passou, uma vez que os senhores do Fundo Monetário e da Europa já sabem, agora já só faltam os portugueses» António Barreto in Lusa 14 Mai'11
Nota pessoal: Há uma parte de mim que quase não quer saber...
Falso, trapaceiro, impostor, fingidor, fabulista, fantasista, ardiloso, embusteiro, enganador, farsante, aparente, ilusório, mendaz... enfim: Men-ti-ro-so. Se dúvidas restassem aqui ficam alguns dos adjectivos que me ocorrem para classificar o demissionário. A revelação da efectivação (oficial) do pedido de ajuda externa é só um dos episódios que fazem dele todos os adjectivos mencionados.
Ora, custa a crer que existem (pelo menos) cerca de 30% de portugueses votantes que vão continuar a querer este indivíduo a guiar os destinos do país. Mas eles existem. As "desculpas" são sempre hilariantes, como não podiam deixar de ser, mas pior que isso é a justificação habitual de que são todos iguais.
Não são! Ninguém na política portuguesa tem tão ténue relação com a verdade como este indivíduo.
Não peçam para acreditar que o pedido foi feito hoje, sem contactos anteriores. Que a possibilidade da ajuda externa não tivesse sido equacionada por ele senão agora. Simplesmente é impossível crer que o mais debilitado ser pensante possa acreditar numa coisa dessas. Por isso, desculpem qualquer coisinha, mas quem votar PS nas próximas eleições não merece o meu respeito.
«A última coisa que Portugal precisa é a subida das taxas de juro e os efeitos que se poderão reflectir na valorização do Euro», um aviso a ter em conta por parte de uma das maiores gestoras de fundos americana, a PIMCO. Para além de dar quase como certa a intervenção em Portugal, alerta para novas preocupações em relação à situação económica da Irlanda e da Grécia.
Mais cedo ou mais tarde o Banco Central Europeu terá necessidade de olhar com mais realismo para as fragilidades dos países periféricos e aceitar que a Grécia, Irlanda e Portugal irão mesmo enfrentar desafios sem precedentes.
Entretanto, talvez seja boa ideia repensar o programa que está a ser aplicado à Grécia. Claramente este não está a funcionar.
Sobre a entrevista de José Sócrates, ontem:
De acordo com o Wikipédia, música (do grego μουσική τέχνη) é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo, ou não, uma pré-organização ao longo do tempo. Foi isso que Sócrates nos deu ontem: Música. 50 minutos de uma lamúria constante em forma de perguntas retóricas e correcções interpeladoras. Sócrates é cada vez mais detestável. Um feito extraordinário em democracia. Um feito da sua exclusiva responsabilidade.
«a demissão do Governo foi um "golpe" do primeiro-ministro José Sócrates para provocar eleições, vitimizar-se e que aumenta as dificuldades para Portugal se financiar nos mercados (...) Estamos a pedir em más condições, depois de um golpe de Sócrates que provocou eleições para tentar continuar no deslize e no agravamento em que estávamos (...) o momento actual do país corresponde à ideia do primeiro-ministro, de provocar uma crise na qual ele possa, eventualmente, passar por vítima» António Barreto, 31 de Março '11
Declarações à agência Lusa, à margem do lançamento do livro de Vítor Bento, "Economia, Moral e Política".
O Instituto Nacional de Estatística enviou hoje para o Eurostat a primeira notificação de 2011 relativa ao Procedimento dos Défices Excessivos. A saber:
Abraham Lincoln dizia que «Nenhum mentiroso tem uma memória suficientemente boa para ser um mentiroso de êxito». Resta saber se o povo vai ter memória para castigar este governo.
A visita de estado de Dilma e Lula terá mais na agenda que um simples pro forma diplomático. Ontem a presidenta admitiu ao Diário Económico que "O Brasil poderá ajudar Portugal" nomeadamente no que concerne à compra de dívida pública.
Consequentemente, caso isso aconteça, obrigará Portugal a uma contrapartida futura. Naturalmente Dilma e Sócrates (em caso de uma hecatombe que o designe como "novo" PM) irão salientar protocolos e convergências sempre em nome da já mal tratada língua portuguesa (a tal que une as pátrias irmãs) com uma agenda bilateral em áreas como o ensino nas universidades, as artes de palco, etc. Na certeza que o filão pretendido será a Energia e as Telecomunicações será bom lembrar que "sucesso" na venda de dívida não afasta o recurso ao FMI, embora Sócrates continuar a negar veementemente como opção.
Ao contrário do que sr. Lula pensa, o FMI resolve alguns problemas: SALVA países da bancarrota. Agora não lhe peçam (ao FMI) que dinamize a nossa economia. Isso é já é um problema nosso, digo eu...
«O FMI não resolve o problema de Portugal, como não resolveu o problema do Brasil, como não resolveu outros problemas. Toda a vez que o FMI tentou cuidar das dívidas dos países, o FMI criou mais problemas para os países do que soluções» Lula da Silva, 29 de Março '11
Nota pessoal: Se há coisa que me irrita mais que um vendedor chato, é um comprador que desdenha. Hoje sonhei que o FMI entrava de rompante e nos salvava do Brasil e da China. Depois acordei para esta triste realidade.
Apesar de terem sido descredibilizadas, a propósito da recente incapacidade de prever acontecimentos relacionados com a crise financeira, as agências de rating continuam a ser a principal referência no sector da dívida. As constantes reduções na qualidade de crédito tendem a encaminhar o país cada vez mais para o colapso da banca e da república.
A banca volta agora às notícias atingindo o limiar do que é considerado "investment grade" que condiciona à partida um próximo passo em direcção à zona do BB (duplo B), a tal região "junk" que implica consequências funestas para o investimento. Isto porque o há um universo de investidores que deixa de poder investir neste tipo de dívidas face ao fraco nível de confiança na nossa banca. Resultado: o spread dispara e a cedência de créditos será ainda mais cara e de mais difícil acesso, o que comportará (ainda) mais dificuldades para as já muito castigadas famílias portuguesas, resultando ainda em abrandamento da nossa já lenta economia.
Mas a questão mais bicuda aproxima-se já em Abril, num momento em que o país irá mostrar a sua capacidade para se financiar nos mercados. De acordo com a Goldman Sacks, Portugal precisa de qualquer coisa perto dos 5.700 milhões de Euros que serão necessários para amortizar obrigações do tesouro que vencem por essa altura. A acrescer ainda 1.200 Milhões para financiamento do défice primário e pagamento de juros. A estes valores juntam-se outros, como o do défice que muito provavelmente terá aumentado para lá dos 7% avançados pelo governo.
Ainda este Sábado Daniel Bessa escrevia no Expresso:
«falência é uma palavra muito pesada. Mas eu não tenho medo das palavras; e devo usá-las, o melhor que sou capaz, para me entender com os meus concidadãos»
Só Deus saberá se a minha questão no título se irá revelar retórica ou não.
De Portugal não há quaisquer notícias no site oficial do Fundo Monetário Internacional desde Outubro de 2010. Há 5 meses portanto. O equivalente à mesma altura em que o Nepal deixou de ter também notícias relacionadas com o mesmo.
Devido à situação em que o país se encontra poderíamos talvez esperar outra coisa. Não por mera especulação, mas simplesmente porque fazendo a comparação com os restantes que formam o chamado grupo dos PIIGS - que se encontram em posição mais delicada dentro da zona do euro, e que actuaram de forma mais indisciplinada nos gastos públicos e se endividaram excessivamente - a diferença de "tratamento" é no mínimo interessante de seguir.
A saber, a última vez que estes países tiveram notícias no site oficial do FMI foram:
As projecções da Economist Intelligence Unit apontavam para déficits/PIB de 8,5% para Portugal, 19,4% para Irlanda, 5,3% para Itália, 9,4% para Grécia e 11,5% para Espanha.
Possa talvez Teixeira dos Santos elucidar-nos sobre as razões que nos levam a não termos notícias relacionados com o FMI há 168 dias. Talvez ele possa explicar como um país que entrou no radar de desconfiança dos investidores e possuir a elevada relação dívida/PIB tenha conseguido ser ignorado durante tanto tempo pela organização que pretende assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro mundial.
Sabemos que o segredo é a alma do negócio, mas talvez fosse interessante alguém explicar isto.
Na Irlanda o partido que estava no poder passou de 80 para 12 deputados. Em Portugal há portugueses que ponderam continuar a votar PS!!!