A visita de estado de Dilma e Lula terá mais na agenda que um simples pro forma diplomático. Ontem a presidenta admitiu ao Diário Económico que "O Brasil poderá ajudar Portugal" nomeadamente no que concerne à compra de dívida pública.
Consequentemente, caso isso aconteça, obrigará Portugal a uma contrapartida futura. Naturalmente Dilma e Sócrates (em caso de uma hecatombe que o designe como "novo" PM) irão salientar protocolos e convergências sempre em nome da já mal tratada língua portuguesa (a tal que une as pátrias irmãs) com uma agenda bilateral em áreas como o ensino nas universidades, as artes de palco, etc. Na certeza que o filão pretendido será a Energia e as Telecomunicações será bom lembrar que "sucesso" na venda de dívida não afasta o recurso ao FMI, embora Sócrates continuar a negar veementemente como opção.
Ao contrário do que sr. Lula pensa, o FMI resolve alguns problemas: SALVA países da bancarrota. Agora não lhe peçam (ao FMI) que dinamize a nossa economia. Isso é já é um problema nosso, digo eu...