Quarta-feira, 30 de Março de 2011

 

A visita de estado de Dilma e Lula terá mais na agenda que um simples pro forma diplomático. Ontem a presidenta admitiu ao Diário Económico que "O Brasil poderá ajudar Portugal" nomeadamente no que concerne à compra de dívida pública. 

 

Consequentemente, caso isso aconteça, obrigará Portugal a uma contrapartida futura. Naturalmente Dilma e Sócrates (em caso de uma hecatombe que o designe como "novo" PM) irão salientar protocolos e convergências sempre em nome da já mal tratada língua portuguesa (a tal que une as pátrias irmãs) com uma agenda bilateral em áreas como o ensino nas universidades, as artes de palco, etc. Na certeza que o filão pretendido será a Energia e as Telecomunicações será bom lembrar que "sucesso" na venda de dívida não afasta o recurso ao FMI, embora Sócrates continuar a negar veementemente como opção.

 

Ao contrário do que sr. Lula pensa, o FMI resolve alguns problemas: SALVA países da bancarrota. Agora não lhe peçam (ao FMI) que dinamize a nossa economia. Isso é já é um problema nosso, digo eu...



publicado por Marco Moreira às 16:41
Terça-feira, 22 de Março de 2011

 

Os raids aéreos na Líbia atingiram um dos postos de comando de Khadafi, ainda assim parece que, de acordo com o Secretário de Estado da Defesa norte-americano, retirar o ditador do poder não é um dos objectivos militares de momento (!) uma vez que não faz sentido estipular objectivos militares que não podem ser cumpridos:

«A missão é proteger civis. Se civis forem atacados, temos a obrigação ao abrigo da resolução do Conselho de Segurança e da missão que me foi confiada de proteger civis. Não temos qualquer missão de apoiar forças da oposição em operações ofensivas. Portanto, ficaria por aqui. Protegemos civis. Não temos a missão de apoiar a oposição» General Carter F. Ham

A posição paradoxal é fácil de ser entendida. Depois de financiar o Afeganistão na sua luta contra a URSS na década de '80 que se desenvolveu no problema taliban que deu origem às mais recentes formas de aversão árabe em relação ao ocidente, os EUA não querem ficar novamente com o rótulo de "pouco-inteligentes" na mediação de conflitos externos. 

 

Assim o objectivo dos raids é "oficialmente" limitado visto a coligação ainda liderada pelos EUA prepara-se para passar a liderança os aliados europeus, conforme expresso pelo Ministro da Defesa Robert Gates.

 

O deja-vu dos fracassos Afeganistão e Iraque também ajudam na tomada desta atitude.



publicado por Marco Moreira às 01:10
Domingo, 20 de Março de 2011

Durante os três dias consecutivos em que milhares de sírios se manifestaram, a repressão estatal ao protesto foi responsável por cinco mortos. A "justificação" de acordo com as autoridades é no mínimo surreal:

 

«há infiltrados que tentam enganar a polícia visitando esquadras e quartéis, onde se fazem passar por responsáveis de topo das forças de segurança e dão ordens para disparar contra os manifestantes»

 



publicado por Marco Moreira às 23:55
 
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