Terça-feira, 10 de Maio de 2011

Paulo Portas foi confrontado por duas vezes com o cenário da formação de governo com o PS, durante o debate na TVI, que o opôs ao líder socialista. Nas duas respostas, foi peremptório: “Não me parece que se devam colocar os 78 mil milhões de euros que a ajuda externa dá a Portugal nas mãos daquele que considero que é político responsável pelo estado a que chegámos”, vulgo: José Sócrates.

 

Isto é, politicamente falando tem opinião igual a Pedro Passos Coelho. É aqui que surge o preconceito do voto popular nos populares. Se a opinião é igual, a hipótese do povo, inconscientemente, valorizar o "voto útil" no PSD é muito maior e o risco de na hora H este dar aquilo que Passos Coelho anseia, ficando o dito povo condenado a 4 anos de inércia, ou pior que isso. 

 

Parece-me óbvio que Portas foge ao utópico quando ressalva que nunca disse que é candidato a Primeiro-Ministro, mas sim, que esse é o cenário desejado pelos que lhe são próximos. Ele sabe que é (de longe) o melhor de todos os candidatos, mas que infelizmente a dimensão do CDS não lhe garante esse mérito. 

 

Assim sendo, em vez de igual, porque não priorizar o pragmatismo em vez do maquiavelismo? Porque não dar o concreto em vez do abstracto? Porque não dizer que não só rejeita governo com o Secretário-Geral do PS, mas sim com todo o PS?

 

Afinal de contas, ainda alguém acredita que o PS abandonaria o seu líder em abono do seu país?



publicado por Marco Moreira às 17:09
 
redes e bio do autor

                                   

 

Bio de Marco Moreyra

pesquisar neste blog
 
ligações