Os raids aéreos na Líbia atingiram um dos postos de comando de Khadafi, ainda assim parece que, de acordo com o Secretário de Estado da Defesa norte-americano, retirar o ditador do poder não é um dos objectivos militares de momento (!) uma vez que não faz sentido estipular objectivos militares que não podem ser cumpridos:
«A missão é proteger civis. Se civis forem atacados, temos a obrigação ao abrigo da resolução do Conselho de Segurança e da missão que me foi confiada de proteger civis. Não temos qualquer missão de apoiar forças da oposição em operações ofensivas. Portanto, ficaria por aqui. Protegemos civis. Não temos a missão de apoiar a oposição» General Carter F. Ham
A posição paradoxal é fácil de ser entendida. Depois de financiar o Afeganistão na sua luta contra a URSS na década de '80 que se desenvolveu no problema taliban que deu origem às mais recentes formas de aversão árabe em relação ao ocidente, os EUA não querem ficar novamente com o rótulo de "pouco-inteligentes" na mediação de conflitos externos.
Assim o objectivo dos raids é "oficialmente" limitado visto a coligação ainda liderada pelos EUA prepara-se para passar a liderança os aliados europeus, conforme expresso pelo Ministro da Defesa Robert Gates.
O deja-vu dos fracassos Afeganistão e Iraque também ajudam na tomada desta atitude.