Quinta-feira, 07 de Julho de 2011

 

Última crónica de Maria José Nogueira Pinto, um testemunho luminoso na hora da despedida, entregue poucas horas antes de morrer e publicado por sua expressa vontade

 

«NADA ME FALTARÁ» in Diário de Notícias, 07 de Julho de 2011

 

Acho que descobri a política - como amor da cidade e do seu bem - em casa. Nasci numa família com convicções políticas, com sentido do amor e do serviço de Deus e da Pátria. O meu Avô, Eduardo Pinto da Cunha, adolescente, foi combatente monárquico e depois emigrado, com a família, por causa disso. O meu Pai, Luís, era um patriota que adorava a África portuguesa e aí passava as férias a visitar os filiados do LAG. A minha Mãe, Maria José, lia-nos a mim e às minhas irmãs a Mensagem de Pessoa, quando eu tinha sete anos. A minha Tia e madrinha, a Tia Mimi, quando a guerra de África começou, ofereceu-se para acompanhar pelos sítios mais recônditos de Angola, em teco-tecos, os jornalistas estrangeiros. Aprendi, desde cedo, o dever de não ignorar o que via, ouvia e lia.

 



publicado por Marco Moreira às 13:52
Quarta-feira, 06 de Julho de 2011

Não se considera uma mulher de causas perdidas? O CDS centrista acabou, a descriminalização do aborto vingou, o plano da Baixa-Chiado ficou pelo caminho. E na próxima legislatura, se o PS vencer, os casamentos homossexuais e a regionalização vão voltar à agenda...

 

Nada. A única coisa importante aí é podermos responder à pergunta: 'Onde é que tu estavas quando isso aconteceu?'. O que é preciso é cada um estar do seu lado da barricada. Continuo convencida de que não são boas soluções. O importante é combater, não é perder ou ganhar. Maria José Nogueira Pinto in jornal SOL 22 Mai '09



publicado por Marco Moreira às 20:06

 

MARIA JOSÉ NOGUEIRA PINTO

 

[Fotografada por José Boavida Caria]



publicado por Marco Moreira às 19:53
 
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