Seria ridículo tentar explicar ISTO. Até porque não tem explicação. Mas na vaga esperança de tentar colocar algum bom-senso na cabeça do desregulado senhor que lidera a Opus Gay importa fazê-lo saber que:
Por muito sectário que eu possa soar, Israel é um oásis de tolerância liberal e se os homosexuais querem ficar do lado dos "oprimidos" na região isso significa que estão do lado do Hamas e dos seus avalistas em Teerão, por muito que tentem negar.
Não quero com isto dizer que os homosexuais estão errados por simpatizar com aqueles que hoje são genuinamente oprimidos; pelo contrário, é uma qualidade admirável. Mas muito frequentemente, ideólogos extremistas com motivos ulteriores e agendas radicais pervertem este digno instinto.
Baseado nesta fonte, talvez fosse boa ideia confrontar o sr. Shaad Wadi perguntando-lhe se a sua visão é a mesma partilhada pelo HAMAS, partido escolhido democraticamente pela esmagadora maioria dos palestinianos.
Ficar do lado dos entusiastas do fascismo religioso não é "progressista". Para além de ser um absurdo paradoxo é também obsceno.
«O reconhecimento¹ é irreversível. É uma questão de timing. É absolutamente impossível continuar a viver com uma situação de humilhação de um povo, como a humilhação que o povo palestiniano hoje conhece (...) Eu acho que a segurança de Israel, das fronteiras de Israel, por uma força internacional, com um mandato da ONU, mas que tenha a presença americana, a presença europeia e a presença dos aliados europeus de Israel é seguramente uma força que tem² de ter o apoio de Israel » Luís Amado, in "Sociedade das Nações" SIC Notícias 19 Jun '11.
¹ Do estado palestiniano
² tem de: imposição / obrigação
Nota pessoal: Bem sei que Paulo Portas, à semelhança da maioria dos portugueses, tem estado "abstraído" das palavras que o Ministro dos Negócios Estrageiros cessante tem proferido, referindo-se à única democracia do Médio-Oriente. Só isso explica a popularidade que Luís Amado tem merecido. Como este ministério não chega aos bolsos das pessoas, estas alheiam-se desta nova estirpe de antisemitas. A minha esperança é que a "admiração" que Paulo Portas tem por esta figura seja meramente interesseira. Neste caso ser interesseiro é preferível à devassa de admirá-lo. Felizmente Portas será ele próprio e não quem admira, com ou sem interesse. Valha-nos isso...